segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O equivocado, a observação infeliz e seus desdobramentos...


Há uns dias, uma professora, na sala de embarque do Aeroporto Santos Dumont fotografou um rapaz e postou em sua página de uma rede social a foto e alguns comentários pouco felizes sobre a cena.
Não sejamos fariseus: muitos de nós ao olharmos para aquela fotografia talvez tenhamos pensado a mesma coisa ou coisas similares àquilo que ela escreveu!
Once upon a time viajar de avião era para poucos e bons: e a elegância e o esmero nas roupas fazia parte da etiqueta dos privilegiados que voavam por estes céus azuis do nosso mundão grande!
Hoje a coisa mudou, muito mais gente tem acesso ao meio de transporte, mas acho que passamos do oito para o oitenta de forma muito radical!
O dress-code para viagens de avião é mais casual, as viagens longas pedem roupas confortáveis. Mas... quem usa, cuida e há que haver sabedoria na escolha do que vestir.
No Nordeste, vez ou outra, na sala de embarque vejo executivos voltando para casa, vestidos como se fossem à praia - alô??? E se um cliente cruzar o seu caminho?
A senhora não deveria ter explicitado tão publicamente seu espanto e sua indignação com o mau gosto do rapaz.
E ele, um advogado bem sucedido, deveria levar mais a sério sua imagem como profissional e a imagem do seu próprio escritório!
A escolha dele era adequadíssima para um chopp em um dos muitos quiosques espalhados pela orla da cidade do Rio de Janeiro, para uma caminhada gostosa no fim da tarde ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, mas jamais para embarcar num avião!
Aproveito aqui a nota para um recado a todos os homens: camiseta regata é perfeita para o levantamento de peso na academia que você frequenta; camiseta regata é perfeita para aquela corrida linda por um parque ou na orla da praia.
Tirando estas circunstâncias, sugiro que vocês aposentem a ideia de usá-las: êta coisa feia, brega, inadequada e deselegante!
Eu acredito que toda hora é hora de um bom networking quando o prazer na interação é real - já conheci bons clientes em vôos mais longos que fiz, com frequência encontro com ex-alunos e com executivos nos muitos vôos que faço por aqui.
Deus me livre desapontar os que já me conhecem ou causar uma impressão errônea ou ruim naquelas que comigo interagem pela primeira vez.
"Sede é tudo, imagem não é nada" pode ter sido um bordão que funcionou para o refrigerante (embora eu ache que nem com o refri funcionou porque nunca mais ouvi e nem li isto em canto algum... rs).
No nosso caso, a coisa não é bem assim: sabemos que não se deve julgar um livro pela capa; ou um bombom pela embalagem. Mas, cá entre nós, quando a capa é bem feita, a vontade de ler aumenta um pouco e quando os bombons estão bem embalados, o chocolate acaba com um sabor ainda mais nobre...
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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